Hoje é dia: 19 de maio, 2024

Indignado com preços dos materiais de construção, Chiquinho cobra fiscalização

Sempre atento aos abusos praticados em prejuízo dos consumidores campo-grandenses, o vereador Chiquinho Telles (PSD) cobrou a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) para que tome as providências cabíveis e necessárias para conter os preços abusivos praticados por quem comercializa materiais de construção.

Várias pessoas procuraram o parlamentar para reclamar sobre os altos preços praticados por lojas que vendem materiais utilizados na construção civil, em especial, pelos estabelecimentos localizados nos bairros mais afastados em Campo Grande.

De acordo com o líder do prefeito na Câmara Municipal, a reclamação de pessoas físicas, de pequenos construtores e até de profissionais que trabalham em obras é de que, em apenas três meses, determinados produtos dobraram, enquanto alguns triplicaram de valor.

“Dentre os produtos que tiveram aumento exorbitante, um deles é o mais vendido: o tijolo. Os preços subiram ‘monstruosamente’. Há 15 dias, material de construção que se encontrava em torno de R$ 500 a R$ 600, hoje está sendo vendido a R$ 900, sacrificando um setor que não parou durante a pandemia”, argumentou o parlamentar.

As reclamações que chegaram até Chiquinho Telles expressam a mais pura realidade e são confirmadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que entregou ao Governo Federal um documento com evidências sobre o aumento excessivo no preço de materiais de construção durante o período de pandemia causada pelo novo coronavírus.

Conforme o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o crescimento dos preços é consequência da falta de oferta de produtos em quantidade suficiente para atender o mercado, tendo em vista que as empresas criaram um desequilíbrio artificial. “Com a insegurança inicial causada pela pandemia, em março, foi gerado um falso desabastecimento, que foi aproveitado pelos fornecedores para recuperar os preços”, explicou.

Importante ressaltar que a construção foi um dos poucos setores que continuaram funcionando na quarentena e, sendo assim, a demanda neste segmento não caiu. Pelo contrário, a venda de materiais aumentou porque as pessoas decidiram adaptar a casa ao novo momento de isolamento social e ao home office.

Além disso, o auxílio emergencial permitiu que as famílias de baixa renda também fizessem pequenos reparos em suas casas. O aumento na demanda por esses produtos despertou o oportunismo dos empresários que passaram a praticar preços exorbitantes.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o cimento ficou 10,67% mais caro neste ano e o tijolo, 16,86%. A alta começou junto com a pandemia, mas nos últimas dias amargou ainda mais os preços. Só em agosto, o cimento subiu 5,42% e o tijolo, 9,32%. Além do cimento e do tijolo, produtos como aço, cabos elétricos e concreto também ficaram muito mais caros.

O problema da absurda alta nos preços dos materiais de construção é que esse cenário gera desemprego, aumento no custo das obras de uma maneira geral e causam negativo impacto no mercado imobiliário com o aumento no custo dos imóveis populares, por exemplo.

Para Chiquinho Telles, é necessário que o Procon não só fiscalize, como verifique também os motivos alegados pelos comerciantes do setor da construção civil para praticarem preços tão elevados em curto espaço de tempo e justamente em época de crise econômica. “Sabemos que a lei da oferta e da procura é um princípio básico para determinação de preços no mercado, no entanto, aproveitar-se de momentos vividos pela população, tal como a pandemia do coronavírus, é desrespeitar o consumidor”, criticou Chiquinho Telles.

Compartilhe

Notícias Relacionadas

Últimas Notícias

Sites Profissionais