Hoje é dia: 20 de setembro, 2024

Cunha aceita acareação desde que Dilma seja convocada

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) protocolou nesta segunda-feira (20) na CPI da Petrobras requerimento para que seja realizada uma acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, que acusa o peemedebista de ter lhe pedido propina de US$ 5 milhões.

O pedido será analisado pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) em agosto, apóso fim do recesso parlamentar de julho. Cunha nega ter pedido propina e acusa o Palácio do Planalto de ter se articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação Lava Jato.

No requerimento de acareação, Eliziane Gama argumenta que é preciso esclarecer a divergência existente entre a versão dada pelo presidente da Câmara e a apresentada por Camargo.

“A confrontação de versões entre o empresário e o presidente da Câmara, na CPI, é necessária, já que Eduardo Cunha coloca em xeque a delação de quem o acusa. A comissão parlamentar precisa avançar neste sentido e, em consonância com as atividades do Judiciário, até porque não pode proteger este ou aquele personagem político”, justifica a deputada.

Cunha diz que aceita acareação
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou nesta segunda que aceita fazer uma acareação com o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo na CPI da Petrobras. “Já falei em público que não tenho qualquer problema. E deveriam aproveitar e aprovar requerimento para Mercadante e Edinho Silva acarearem com Ricardo Pessoa e da Dilma com Youssef”, disse o peemedebista.

Em depoimento prestado após acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o presidente da construtora UTC, Ricardo Pessoa, disse ter feito doações às campanhas de Mercadante e Edinho Silva, com dinheiro que seria proveniente de propina. Já o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, relatou ter sido procurado por um suposto emissário da campanha da presidente Dilma Rousseff no início de 2014 para trazer para o Brasil dinheiro depositado no exterior.

A acusação de Júlio Camargo a Cunha ocorreu durante depoimento do consultor à 13ª Vara de Justiça de Curitiba, em um dos processos da Operação Lava Jato. A declaração gerou uma crise institucional, com a decisão de Cunha de romper com o Palácio do Planalto e passar a integrar a oposição ao governo Dilma no Congresso Nacional.

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