De secretária do empresário João Amorim, dono da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral virou sócia dele na empresa e principal operadora do esquema de recursos e supostas remessas de divisas para o exterior. Os dois são investigados pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica, e a segunda etapa do trabalho conjunto entre PF, Controladoria Geral da União e Receita Federal, consiste em fazer o caminho do dinheiro desviado por meio de superfaturamento em licitações de obras públicas.
Por enquanto, a PF, CGU e RF, descobriram que R$ 11 milhões foram arrecadados de maneira ilegal em três obras financiadas por verba federal, provalmente por superfaturamento em pavimentações de estradas.
O elo entre os negócios de Amorim em Mato Grosso do Sul e os paraísos fiscais, é a empresa Kamerof Participações Ltda., com sede no Itaim Bibi, bairro que concentra sede de várias multinacionais, em São Paulo (SP). Atualmente, a Kamerof, empresa cujo capital social é de R$ 10 mil, e que faturou R$ 2,4 milhões em 2013, pertence à Elza e a empresa holandesa Aeklyleius Holdings, com sede em Amsterdam. Esta empresa, por sua vez, está ligada à Amicorp, corporação especializada em manobras contábeis para transferências de recursos para paraísos fiscais.
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