Hoje é dia: 20 de setembro, 2024

Desmontado esquema de furto de gado que tinha amparo de funcionário público

Esquema de furto de gado que era amparado por funcionário da Agência Fazendária (Agenfa) de Mato Grosso do Sul, foi desarticulado por equipe do Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), ontem (20), por meio da nova unidade de investigação para crimes de abigeato (furto de gado e somoventes), instalada dentro do Parque de Exposições, que fora inaugurada na semana passada.

Foram apontados como integrantes da quadrilha José Leonardo Correia Manus, 25 anos, Gedison Nunes Teixeira, 30, André Luiz Leite, 37, e Antônio Jocival de Almeida, 43. Este último, funcionário da Agência Fazendária.

De acordo com informações do delegado Fábio Peró, o grupo vinha sendo investigado desde maio, sob a suspeita de envolvimento no furto de 20 animais de uma fazenda, localizada na saída para Sidrolândia, em Campo Grande. Ainda conforme o delegado, o furto ocorreu em fevereiro, mas foi denunciado à polícia apenas três meses depois.

Ontem, os envolvidos foram identificados e presos em flagrante. No entanto, já foram liberados, mediante pagamentos de fiança. José e Antônio pagaram cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 3.940; André e Gedison R$ 2.364.

As circunstâncias das prisões não foram divulgadas.

PLANO
Segundo o delegado, Gedison trabalhava como peão na propriedade rural e agia em conjunto com o amigo André Luiz. Juntos, articularam a venda dos animais furtados.

José Leonardo é apontado como receptador e teria comprado o rebanho sem nota fiscal e preço abaixo no mercado. “A cabeça de gado, na época, valia R$ 1,5 mil e ele comprou por R$ 350”, disse Peró.

Ainda durante as investigações, foi identificado um segundo produtor rural que comprou o rebanho furtado com José, mas, segundo a polícia, ele não foi qualificado como receptador porque a venda dos animas foi feita legalmente, por meio de nota fiscal.

SETOR DO GOVERNO
O documento apresentado ao comprador para regularizar a negociação e afastar a possibilidade do gado ter origem ilícita, foi emitido pelo funcionário da Agenfa, que cobrava R$ 35 por cada animal, segundo a autoridade policial.

Os quatro foram indiciados por associação criminosa. Antônio, ainda, por corrupção ativa e passiva.

Compartilhe

Notícias Relacionadas

Últimas Notícias

Sites Profissionais