Hoje é dia: 20 de setembro, 2024

Santa Casa de Campo Grande quer entregar Pronto-Socorro ao município

Em meio a mais uma crise financeira, a Santa Casa de Campo Grande anunciou, nesta quinta-feira (9), que pretende entregar os serviços de atendimento do Pronto-Socorro do hospital à prefeitura de Campo Grande.

A proposta, de acordo com o diretor-presidente da Santa Casa, seria uma forma de diminuir o déficit mensal que hoje gira em torno de R$ 4,8 milhões. Para manter o atendimento, o hospital quer mais R$ 4 milhões por mês.

“A solução que chegamos é que o pronto-socorro seja de responsabilidade do município. Essa proposta que vem sendo discutida com o Ministério Público Estadual (MPE) e município”. explicou Teslenco. A entrega do Pronto-Socorro seria feita gradualmente para o município, na estrutura já existente, com equipamentos que pertencem ao setor. Atualmente, conforme a diretoria, o pronto-socorro atende 7 mil pessoas por mês e possui 642 leitos.

Para a direção do hospital a mudança traria dois benefícios. Melhoria a saúde financeira da Santa Casa e, o município, passaria a ter o controle das unidades de pronto atendimento e o pronto-socorro de alta complexidade, integrando sua rede de urgência e emergência de forma mais completa.

Impacto
Por conta do déficit mensal, a Santa Casa ainda não pagou integralmente em setembro os salários dos servidores e prestadores de serviço como materiais, água e luz.

Para resolver o problema da falta de caixa, que é considerado ‘circunstancial’ pela atual direção, o hospital pretende pedir aumento de R$ 2 milhões no repasse mensal feito pela prefeitura a partir do término do atual contrato, que vence no dia 5 de novembro. O pedido é independente da intenção de transferência do Pronto-Socorro para o município.

Caso o município não conceda o aumento pedido, Teslenco disse que o hospital terá que suspender ou reduzir o volume de atendimento de alguns dos serviços que oferece para se adequar à receita que tem.

“A solução: ou nós assinamos um contrato, e há um aceno por parte da prefeitura tentando trazer uma proposta definitiva para isso, vamos ouvir essa proposta, e vamos tentar chegar num acordo para cobrir esse déficit. Caso isso não ocorra, nós vamos oferecer à Sesau algumas alternativas de serviços que eles poderão assumir, poderão gerir a partir de um determinado prazo que iremos negociar, para que o hospital então, com os recursos disponíveis, possa conduzir a parte mais relevante do hospital, aquela parte que vai continuar servindo à comunidade, vai continuar atendendo”, relatou.

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