A Prefeitura de Campo Grande foi condenada a pagar R$ 100 mil a um casal cujo filho morreu após ser levado pelo menos sete vezes em postos de saúde da cidade sem ter um diagnóstico preciso de uma doença, que no fim tratava-se de leishmaniose. A decisão foi tomada na última quinta-feira (30), mas divulgada pela Justiça nesta segunda-feira (3).
Por meio da assessoria, a prefeitura informou que ainda não foi oficialmente intimada da decisão.
Conforme a sentença, os pais alegaram terem sido vítimas de negligência médica. O caso aconteceu em 2013. O bebê, de apenas 1 ano, foi levado para atendimento pela primeira vez apresentando febre, coriza e tosse. O médico da unidade de saúde afirmou se tratar de infecção aguda das vias aéreas, prescrevendo inalação e medicamento.
No entanto, conforme alegou o casal, não houve melhora no quadro clínico. A peregrinação em busca de uma solução ao problema de saúde do garoto começou dois dias após a primeira consulta e durou cerca de um mês, com várias idas e vindas aos postos.
O menino morreu no dia 24 de agosto de 2013 em decorrência de “síndrome de disfunção de múltiplos órgãos, insuficiência hepática, leishmaniose visceral, distúrbio de coagulação acidose metabólica”, conforme apresenta a sentença.
Para o juiz Alexandre Tsuyoshi Ito, responsável pela decisão, “a dor e o sofrimento em razão da perda de um filho, agravada pela negligência estatal no presente caso, jamais será ressarcida, mas apenas compensada”.
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