Em reunião tensa, Bernal é cobrado pelos vereadores, mas pede ajuda sobre finanças

O prefeito Alcides Bernal (PP) resolveu seguir para Câmara Municipal com o objetivo de apresentar a situação financeira do município, que segundo sua equipe levantou terá um déficit no mês de setembro de R$ 158 milhões. Em uma reunião tensa onde foi cobrado pelos vereadores, também pediu ajuda para tentar tirar a cidade desta situação.

O começo do encontro não foi tão tranquilo como na reunião que Bernal fez com os parlamentares no dia que retornou a prefeitura, dia 27 de agosto, mas cheio de cobranças e divergências sobre questões pequenas, como apresentação da planilha de custos, até a participação da imprensa no evento, quando os vereadores queriam uma reunião particular.

Bernal foi ao encontro com os secretários Paulo Pedra (Governo) e Disney Fernandes (Finanças). Depois de começar o evento, o ex-líder da gestão de Gilmar Olarte, o vereador Edil Albuquerque (PMDB) questionou o motivo da reunião e disse que todos os vereadores já tinham conhecimento dos números e que a apresentação era desnecessária, o que gerou o primeiro impasse.

O prefeito foi irredutível e disse que se não tivesse apresentação, não tinha motivos para continuar o encontro, depois desta situação, restou ao secretário de Governo, Paulo Pedra, e ao próprio presidente da Câmara, Flávio César (PT do B), intermediar a discussão e continuar com o evento.

Outro ponto de discussão foi a situação financeira, já que o secretário de Finanças de Bernal alegou que os gastos e despesas excessivas aconteceram por irresponsabilidade da antiga gestão, enquanto que André Scaff, que comandou as Finanças na época de Bernal, lembrou que os reajustes e aumentos de salários foram concedidos por Bernal.

A reunião tensa teve mais de duas horas de duração, em muitos momentos da apresentação das finanças o secretário Disney Fernandes foi interpelado pelos vereadores, para que os números fossem revisados e comparados com outros levantamentos, assim como que medidas seriam adotadas para conter esta crise.

Bernal voltou a dizer que a situação da cidade era de caos total e que a prefeitura estaria falida se fosse uma empresa particular, pedindo então a ajuda de todos e a união entre os poderes para sair deste buraco. “Queremos um governo participativo, austero e transparente”, abrindo as portas para participação do legislativo.